20 de set. de 2011

Resenha do Livro Pais brilhantes, professores fascinantes por Paula

A obra “Pais brilhantes, professores fascinantes”, autor Augusto Cury, Rio de Janeiro, Sextante: 2008.
            Trata da difícil arte de educar.  Pais e professores estão atrás do mesmo objetivo, lutam pelo mesmo sonho de tornar seus filhos e seus alunos mais felizes, saudáveis e sábios, porém nunca estiveram tão perdidos na árdua tarefa de educar. Educar é acreditar na vida, é ter esperança no futuro, é semear com sabedoria e colher com paciência.
            O livro é de fácil compreensão, pequeno em número de páginas (124), porém grande em palavras e ensinamentos para todos aqueles que se preocupam com a educação e é subdivido em 6 partes. A 1ª parte trata dos sete hábitos dos bons pais e dos pais brilhantes; na 2ª os sete hábitos dos bons professores e dos professores fascinantes; a 3ª parte os sete pecados capitais dos educadores; na 4ª os cinco papéis da memória humana, na 5ª a escola dos nossos sonhos e na 6ª a história da grande torre.
            No primeiro capítulo o autor descreve “bons pais” que são aqueles que dão presentes, festa de aniversário, proporcionam viajem, atende todas as vontades de seus filhos através de bens materiais. Por outro lado, existem “pais brilhantes” que dão algo incomparável mais valioso que todo dinheiro do mundo não pode comprar: o seu ser, a sua história, as suas experiências, as suas lágrimas, o seu tempo. Lembrando que, os pais bons são lembrados por um momento, mas os pais brilhantes são inesquecíveis. O pai deve deixar seu filho conhecer sua história de vida, seu passado, está é a única maneira de educar a emoção e criar vínculos sólidos e profundos. Todos os pensamentos e emoções independentes de serem negativos ou saudáveis são registrados involuntariamente. A juventude sempre foi uma fase de rebeldia às convenções dos adultos, e para ajudar estes jovens devemos “sair do lugar comum”, em outras palavras, levar um filho a admirar seu educador. Devemos ser um mestre da inteligência, ensinando nossos filhos a pensar, deixando-o fotografar a pessoa brilhante que nós somos.
            No segundo capítulo o autor fala sobre o professor fascinante que transforma a informação em conhecimento e o conhecimento em experiência. O autor faz um pedido aos professores fascinantes, que tenham paciência com seus alunos, estes não são culpados pelas suas agressividades, sua alienação e agitação em sala de aula, eles são apenas vítimas, detrás dos piores alunos há um mundo a ser descoberto e explorado. Os “bons professores” possuem metodologia e os “professores fascinantes” possuem sensibilidade que contribuem para que seus alunos desenvolvam sua auto-estima, estabilidade, tranqüilidade, capacidade de contemplação do belo, de perdoar, de fazer amigos e de socializar. O professor também deve mostrar aos seus alunos sua trajetória de vida, transmitir suas experiências. As informações são arquivadas na memória, mas as experiências são cravadas no coração. Devemos levar os jovens a ter flexibilidade no trabalho e na vida, pois só não muda de idéia quem não é capaz de produzi-la.
            No terceiro capítulo trata dos sete pecados capitais dos educadores, resumindo referem-se a: corrigir publicamente, expressar autoridade com agressividade, ser excessivamente crítico, punir quando estiver irado e colocar limites sem dar explicações, ser impaciente e desistir de educar, não cumprir com a palavra e destruir a esperança e os sonhos. No quarto capítulo diz respeito a memória, considerada a caixa de segredos da personalidade e esta possui cinco papéis: o registro da memória é involuntário, a emoção determina a qualidade do registro, a memória não pode ser deletada, a emoção não apenas determina se um registro será frágil ou privilegiado, mas determina o grau de abertura dos arquivos num determinado momento e a máxima da educação mundial é “ensinar para lembrar e lembrar para aplicar”. Segundo o autor não existe lembrança pura do passado, mas reconstrução com micro ou macro diferenças.
            No quinto capitulo mostra a escola dos nossos sonhos “o projeto escola da vida” dentre algumas características vemos: a música ambiente em sala de aula, sentar em círculo ou em U, a arte da interrogação, a arte da pergunta, o educador como contador de histórias, a humanização do conhecimento e do professor cruzando sua história, a importante tarefa de educar a auto-estima e elogiar, ao invés de só criticar, saber gerenciar os pensamentos e emoções, a participação em projetos sociais e a aplicação das técnicas, sendo que “na escola dos meus sonhos cada criança é uma jóia única no teatro da existência, mais importante que todo dinheiro do mundo.
            No sexto capítulo e o último o grande final, onde o autor diz quem são os profissionais mais importantes da sociedade e conclui que se todos sonharmos este sonho, um dia ele deixará de ser apenas um sonho. Faz uma homenagem aos professores, agradecendo a estes por serem os mestres da vida e outra homenagem aos pais, falando em nome de todos os filhos do mundo e agradecendo por tudo que fizeram por nós.
            A obra foi escrita para pessoas que sabem que educar é realizar a mais bela e complexa arte da inteligência. Nesta obra o autor fala com pais, professores, psicólogos, pedagogos, médicos, sobre o mundo dos jovens. Como a linguagem da obra é simples é indicada para qualquer idade.
            Augusto Jorge Cury  é um médico, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor de literatura psiquiátrica brasileira Seus livros já venderam mais de 12 milhões de exemplares somente no Brasil, tendo sido publicados em mais de 50 países. Foi considerado pelo jornal Folha de São Paulo o autor brasileiro mais lido da década. Além de “Pais brilhantes e professores fascinantes”, escreveu: “Filhos brilhantes, alunos fascinantes”, “Treinando e emoção para ser feliz”, “12 semanas para mudar uma vida”, “Superando o cárcere da emoção”, “Nunca desista de seus sonhos”, “Você é insubstituível”, “Dez leis para ser feliz”, “O futuro da humanidade” entre outros.
            Paula Renata Nunes Machado, formada em Letras Português/Espanhol e atualmente curso Pedagogia, ambos na Fundação Universidade Federal do Rio Grande.

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